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Notícias do mercado imobiliário

A importância da brigada de incêndio em condomínios


Incêndio não é exatamente uma preocupação na rotina dos moradores de condomínios nas grandes cidades. Entretanto, essas comunidades, mesmo residenciais, precisam, por lei, ter gente preparada para essa eventualidade. Qualquer tipo de condomínio precisa requerer e renovar a cada dois ou três anos o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). Parece inusitado mas pouca gente sabe disso e, quando acontece uma emergência, são poucos os que estão aptos a resolver a questão. Com razão, alguns síndicos reclamam da indiferença de condôminos e moradores, mas quando o assunte é fogo, eles próprios têm dificuldade de se manterem atualizados sobre as normas de segurança.

No condomínio residencial, comercial ou misto, a indiferença atinge uma frente ampla de condôminos e moradores, que reluta para desmobilizar até itens supérfluos de decoração. Há aqueles que se recusam a retirar o excesso de mobiliário e objetos que podem dificultar o trânsito de pessoas em caso de fuga. Por conta disso, as brigadas de incêndio são fundamentais para o treinamento de pessoas: condôminos, moradores e funcionários. Quando bem treinadas, essas brigadas realizam os primeiros socorros, enquanto os bombeiros estão a caminho.

Fontes potenciais de fogo

É assim que funciona. Gás e energia elétrica são as principais fontes potenciais de um incêndio. Há, contudo, muitas dicas importantes para evitar o pior. Objetos deixados nos halls de acesso às escadarias, como capachos, vasos, bicicletas e lixeiras são amigos do fogo. Onde houver, as portas corta fogo devem ser bem fechadas e objetos de rigorosa manutenção. Em qualquer lugar das unidades autônomas, velas acesas devem merecer cuidados. Elas podem facilmente tombar. Não colocar vários aparelhos elétricos em uma só tomada, especialmente ar condicionado, é regra básica de prevenção. Fios elétricos em mal estado e com emendas, nem pensar. O fogão exige cuidados especiais: é muito fácil esquecer, sem fogo, as bocas de gás abertas. Outro ponto que merece atenção em se tratando de incêndio são as garagens.

É preciso, no entanto, que as pessoas saibam usar os diferentes equipamentos antifogo. Quem conhece os diversos tipos de extintores e a finalidade de cada um deles? E as mangueiras, como manuseá-las?

Para-raios

No Brasil, são registrados 50 milhões de raios por ano e, nos condomínios, o para-raio também exige atenção especial. O sistema deve ser vistoriado a cada seis meses. Sem o laudo da vistoria, o síndico não consegue o AVCB. Se, por falta de manutenção, o raio atingir e danificar a parte elétrica do prédio, causando algum problema, o síndico poderá responder civil e criminalmente. A brigada de incêndio tem ainda a função de propagar sua expertise: não deve ser um elemento estanque no condomínio.

Essa orientação geral antifogo começa nas assembleias. O síndico deve convocar condôminos e moradores para reuniões temáticas e, em tom quase patriótico, chamar a atenção de todos para a importância desse tema tão subestimado. O mesmo será feito com os funcionários. A brigada anti-incêndio de um condomínio inclui moradores e funcionários. Esse cuidado tem de se incorporar à rotina do empreendimento.

Vamos temer e vamos também respeitar o fogo. Sob controle, ele é nosso aliado.



Fonte: ESTADÃO


20/03/18

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